Como não podemos deixar de lembrar, nas Tendências da Semana, o Marcelo Barroca falou no poder dos símbolos, recomendou que prestássemos atenção e indicou o óleo essencial de olíbano. Fiz meu dever de casa. E agora entendo melhor o que foi dito. Eis aqui as consequências:
Diante da tragédia que ocorreu com o ator da novela Velho Chico, senti vontade de escrever algo, apesar do respeito às dores pessoais. Não gosto quando vejo todos falando de uma fatalidade que afeta profundamente às pessoas, e dessa repetição sem trégua que a mídia dá.
Sempre fico com a impressão de “capitalização do sofrimento alheio”. Mas é inevitável e um ponto de vista a compartilhar. Pelo menos, refletiremos e oraremos juntos.
Estamos falando do afogamento do ator que fazia o personagem central de uma novela na qual em determinado momento da trama ele sumia no rio após levar três tiros. As águas o levaram até uma aldeia indígena, onde foi resgatado de dentro do rio e levado à aldeia pelos índios locais.
Ali foram feitos os rituais, a medicina e por fim a cura. Ele foi salvo apesar de ir contra todas as expectativas racionais. Ocorre que no folhetim ele era o herói e tinha o corpo fechado.
Era bom, capaz de um amor no Plano do Infinito, que permitia comunicação entre ele e a amada. Ético, amado por todos, com razão, pois cuidava da terra e dos cooperados agregados à sua volta em prol de um bem maior. A Família era sagrada para ele.
Quando veio a notícia de que o ator Domingos Montagner havia se afogado no Rio São Francisco, rezei imediatamente para a vida imitar a arte. Que fosse contra a lógica gritante que dizia ser impossível ser salvo. Ele estava junto com a atriz Camila Pitanga, que conseguiu alcançar as pedras e pedir socorro.
Aquele era o último dia de gravações externas naquela localidade. Ele comemorou dizendo que eram as cenas derradeiras. Aparece um vídeo mostrando-o dançando de alegria pelo momento de realização de sua obra. Estava pleno.
Queremos comentar o que o ator Marcelo Serrado escreveu: “ …Foi o rio chamando o personagem… Estava tudo muito junto ali. O rio tem essa força, esse poder. Ao mesmo tempo a gente começa a se questionar para entender como a vida é breve. Estamos todos aqui devastados. Foi uma coisa inexplicável. Agora é hora de dar força à família, aos amigos e orar por ele. Era um cara maravilhoso”.
Quero repetir as palavras dele: “o rio tem essa força, esse poder…” , mas explico porque acredito nisso. Todos os eventos interligados. Na semana anterior o ator foi homenageado num programa de grande audiência do mesmo canal, onde era unanimidade – todos os depoimentos exaltavam sua generosidade, alegria, sentido de família, amor em tudo o que fazia.
O herói cumpriu sua função na Natureza. Ele na novela havia passado o bastão para seu filho, permitindo que implantasse uma agricultura mais humana, cabível aos dias atuais. Ele havia recuperado seu amor, se acertado com a mãe de suas filhas, desejando o maior bem do mundo e deixando os bens a que tinha direito com toda sua gratidão e proteção eterna.
“… o rio chamando o personagem…” disse o Marcelo Serrado. Entendo isso como o rio integrando o mito vivido pelo personagem num ato de cura, que fluirá como as águas, no movimento contínuo – Alquimia transmutando e mostrando o Infinito. O Elemento Água representa a Fluidez contínua…
Devo dizer que apesar de achar o ritmo da novela panfletário, lento e chato, assisto todos os capítulos – estão vendo, né? – e agora entendo melhor a razão desse tema e até o ritmo, nesse momento do Planeta. Chega um momento na vida do herói em que ele tem que morrer para um bem maior. Sempre tive dificuldades em entender isso, até começar a estudar a Alquimia e uni-la à Mitologia.
O personagem pedia e fazia a Justiça pela Natureza. A novela é uma ode ao Rio São Francisco e à Natureza – aos 4 Elementos em abundância. Panfletária, repetitiva, mas eficaz. Neste momento, creio que o herói da vida real teve que partir para outro plano naquele exato momento, lugar, circunstâncias e cercado daquelas pessoas. Apenas a Natureza entende seus desígnios. As circunstâncias de sua partida integrou o ser humano ao herói.
Ele estava pleno, com sensação de realização, como pudemos ver no vídeo. Estava ao lado de uma companheira de trabalho, representante do Feminino forte e amoroso, disposto a sacrifícios por um amor primitivo e leal ao pai, antagonista ao herói – o único em toda a estória.
Acredito que Domingos foi carinhosamente recebido pelos 4 Elementos da Natureza em sua plenitude – o Fogo Solar calcinou tudo o que ainda precisava ser expurgado, o Ar espalhou todo o Amor contido na ficção e na vida real do ator; o rio o acolheu, recebeu em seus braços, lembrando que a Vida é fluidez, é um continuum como as águas dos rios, tendo a terra como cenário e temática de um belo trabalho realizado, onde personagem e ator se fundiram.
Lembro que heróis são mitos, vivem no Infinito em Amor. Sua família terá alimento amoroso e apesar do sofrimento, em algum momento entenderá que a Vida é Continuum. Não à toa o personagem tinha o nome de Santo. -“o rio tem essa força, esse poder” como disse seu colega. Verdade!
A Natureza tem a força, o poder e a sabedoria do como, quando, quem e suas razões.
Os desdobramentos estão ao seu cargo. À nós, cabe refletir e orar para que a mensagem seja entendida aos poucos, com amor, mas que permaneça no Plano a que pertence – O Infinito. Sincronicidade, sim, mas prefiro ainda ver como a Manifestação do Todo. Uma coisa só.
O texto da novela veio de onde? Do inconsciente coletivo através do inconsciente individual de cada um dos autores. Adeus? Jamais! Agora ele faz parte do Todo que somos nós. Na Natureza nada é vão.
Ratifico a indicação do óleo essencial de olíbano nesse momento. Reflexão, sacralizar aquilo que aprendermos e integramos à nós mesmos e ao Planeta.
Peço um Pai Nosso a todos na hora da novela para que o espírito receba amor em forma de luz. Que a volta ao Lar seja leve!
Link para o blog, onde você poderá ver as Tendências e descrição do óleo essencial que cito aqui: http://alquimistaporumdia.blogspot.com.br/2016/09/tendencias-do-periodo-de-11-17-de_13.html
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.