Muitas vezes confundimos essas palavras, é verdade, porém a partir de hoje, quem ainda não se deu conta da diferença, poderá ficar ligado, e isto será de grande valia, principalmente se você transitar pelos meios holísticos.
Lidamos com óleos essenciais – seriam estes, remédios, medicamentos ou um “cheirinho bom” (socorro!)? Pois é, então vamos direto à etimologia das palavras:
Remédio – vem do Latim – prefixo re, que significa repetir, restabelecer, reforçar + mederi, que significa cura. Assim sendo, remédio é algo que utilizamos para restabelecer a cura. No Latim a palavra remedium literalmente quer dizer “algo que cura”.
Então dizer que remédio é uma substância através da qual podemos obter a cura é ok. Fazemos esta nota, para que fique claro que nem sempre as coisas funcionam exatamente como acreditamos.
Agora vejamos o que a palavra medicamento quer dizer: no Latim vamos encontrar como uma das opções de sua origem a mesma palavra mederi, que como já vimos, significa cura. Mas não pára por aí, pois vemos também sua origem em meditari – “levar em consideração” (que por sua vez significa submeter aos astros – ao céu); pensar profundamente sobre algo. Antigamente os médicos eram os Astrólogos dos Palácios Reais e diagnosticavam, e determinavam o que usar vendo o mapa natal do paciente – literalmente submeter aos céus.
Encontramos ainda outra origem, desta vez indo-européia, que nos leva a encontrar as mesmas significações, acrescidas de “saber o melhor caminho para algo”.
Então, eu pergunto: os óleos essenciais são medicamentos, remédios, um cheirinho bom, ou nenhuma das respostas anteriores?
Pois é, se levantarmos os olhos no texto veremos que óleo essencial é remédio, já trata-se de “algo através do qual podemos obter a cura.” Tem princípios ativos, química (natural, ok, mas é química e é remédio!)
Assim, depois dessa conversa, podemos ir direto ao que a Anvisa define: medicamentos podem ser são substâncias preparadas em farmácia (manipuladas, como homeopatia, elixires, preparações ortomoleculares e outros) e também podem ser medicamentos industriais – todos aqueles que conhecemos que compramos em farmácias convencionais, produtos sintéticos, criados em laboratório.
Medicamentos lidam diretamente com a doença, pois para ter esse status precisaram passar por investigação científica, supervisão e controle técnico e, além disso, precisa ter sua eficácia comprovada. Ao lidar com essas substâncias é necessário ter em mente qual a doença (ter um diagnóstico) e “o caminho a seguir para obter-se a cura”.
Ok. Então, vamos aos exemplos do que é remédio: alimentação balanceada; meditação; banhos de mar; yoga; unguentos, defumações; banho morno; banho frio (em caso de febre alta); chás; florais; banhos de assento, escalda-pés; sucos, canja de galinha; exercícios físicos direcionados; caminhadas; preparações em tinturas, elixires, florais, sinergias de óleos essenciais etc.
Resumindo, tudo o que temos ao alcance da mão para buscar a cura sem que para isto tenhamos que passar pela avaliação técnica de um médico, laboratório ou farmácia, visando o bem estar é remédio.
Medicamento precisa do aval do Ministério da Saúde enquanto que os remédios (ainda) não precisam. Aguardemos cenas dos próximos capítulos…!
Medicamento é remédio? Sim, visa a cura – nem sempre com sucesso, já que o tal caminho que o médico toma ao tratar de um paciente pode não ser o correto. Isto pode acontecer com remédio ou medicamento, claro!
Você já fez algum exame que teve que tomar contraste? Pois é, isto seria medicamento ou remédio? Ah… te peguei!? É medicamento (preventivo) já que tem controle do M.S., visa a cura através do exame diagnóstico, mas não trata da doença como o faria um remédio. O exame é um meio pelo qual o médico “busca o caminho.”
E o remédio é um medicamento? Nem sempre, já que, por exemplo, um banho frio pode curar uma febre, mas nem por isso você teve que ter sua eficácia comprovada por médico, por laboratório, não precisou de equipe técnica. Bastou que sua bisavó tivesse ensinado à sua avó, esta à sua mãe e ela ao vê-lo com febre, antes de levá-lo ao médico ou aplicar um medicamento, te colocou debaixo de um chuveiro frio. A febre abaixou, você dormiu, suou e amanheceu bem. Uhm… o que não podemos esquecer é de sempre investigarmos a origem do mal estar ou doença a fim de que ela não volte. Toda doença precisa ter sua origem investigada – podendo ser encontrada em exames de laboratório, no psicólogo, na igreja, no tarot, no jogo de búzios, no centro espírita, no ombro amigo ou quem sabe na auto-análise? Investigação é vital!
A idéia deste texto é chamar atenção para o uso dos óleos essenciais com mais cautela, pois me tenho assustado com o número de receitinhas, algumas até eficazes, outras absurdamente sem pé nem cabeça. Vejo gente ensinando coisas que podem fazer mal de verdade, o que poderá vir a gerar doença pelo mau uso, resultando na necessidade de vir-se a fazer a utilização de medicamentos pesados, resultando naquilo que você tentou evitar quando buscou uma cura natural.
Tem muita gente vendendo óleos essenciais como quem vende pão na padaria. Querem vender, não sabem para o que servem, repetem receitas copiadas da internet ou inventadas por elas mesmas. Qual o motivo disto? Não tiveram treinamento em Aromaterapia e sim para venda de produto, com a promessa de quanto mais venda, mais prêmios serão obtidos, que podem ser brindes e até uma espécie de ascensão na empresa para a qual revendem. Estão banalizando um presente da Natureza e anos de pesquisas e trabalho incansável para oferecermos bons produtos com segurança. Além disso, horas de aulas e livros escritos.
Óleo essencial, portanto, é remédio, e como tal precisa ser utilizado com cautela, sob supervisão. É necessário que seja feita uma anamnese antes de usar. E não estou falando apenas nos casos de ingestão ou uso tópico! A simples inalação é o bastante para sentirmos seus efeitos. Assim sendo, fica aqui o alerta.
Se for utilizar óleos essenciais, verifique, estude, consulte, descubra qual a melhor via de utilização e só então use. Faça uso consciente, e, por favor, nunca utilize os óleos essenciais direto na pele, tampouco via oral sem diluição e repito: só use com supervisão profissional!
Estou escrevendo isto tudo, tendo em vista estar cansada de atender casos de pessoas que me relatam ter usado por recomendação de um “profissional conhecido” (algumas não citam o nome com medo não sei do quê, como se eu não soubesse!), que indica e escreve online sobre ingestão de sinergias direto debaixo da língua, sem diluição. Casos graves de queimadura, erupções na língua, problemas de estômago etc.
Não quero fazer alarde, não vou comprar argumento, a única coisa que deixo aqui registrada é: Aromaterapia é coisa séria, não é apenas um “cheirinho bom” e apesar de não concordar com a afirmativa de que “menos é mais”, nesse caso, faz mais do que sentido, faz a diferença entre o bem e o mal estar, a saúde e a doença.
Médicos existem para diagnosticar e medicar – o Aromaterapeuta, não é profissional da área médica. Cuidamos dos seres humanos, somos “agentes de cura” (o que significa dizer que somos veículos que podem levar a cura através de nosso trabalho). Isto não nos qualifica a receitar e assumir a cura de alguém.
Em casos de doenças mais sérias podemos trabalhar paralelamente ao médico, com o conhecimento deste, e jamais assumir o caso sozinho. Além de arrogância seria irresponsabilidade.
O ser humano precisa ser visto como um todo, por isso aliamos a Aromaterapia à Alquimia e à Constelação Sistêmica. Além disso, temos outras ferramentas de acolhimento, cada um na sua área e no momento oportuno.
Uma destas ferramentas que utilizamos para “considerar” os casos é justamente o Mapa Natal Alquímico, pois como os Astrólogos daqueles tempos, também gostamos de submeter aos Céus o assunto que nos é apresentado.
Cliente chegou? O recebemos colocando-o na Árvore da Vida e damos início ao nosso trabalho terapêutico e ao consequente Caminhar lado a lado com ele.
Da inalação à ingestão, apenas com supervisão!
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