Agora chega! Vamos falar de homossexualidade sim!

O mundo está passando por crises dificílimas, furacões, violência, falta de valores morais, ameaças de bomba, de guerra, de uma pseudo falência da pátria, e as pessoas estão ainda discutindo a homossexualidade como algo estranho e errado.

Fala-se em “doença”, e isto é assustador, pois a inversão de valores chegou a esse ponto – a ignorância, por sua vez, não é doença, podemos devolver, é ignorância mesmo! Uhm… algumas vezes passa pelo carater, a falta dele.

Falo de uma  “profissional da “religião” que se formou em psicologia – ok, mas prefiro a primeira nomenclatura – que acredita ter o direito de fazer propaganda para atender como psicóloga, pessoas homossexuais, utilizando uma abordagem religiosa. Ainda hoje fui pesquisar no site e pude ver escrito o seguinte: “...sexualidade debaixo da Graça”. Este serviço é oferecido na “Clínica da Família” de tal “profissional” – da política e da religião.

Ok. Se formos ver qual o conceito de Graça sob o ponto de vista cristão, veremos que é algo que Deus concede para nos restaurar, transformando-nos. 

Se a sexualidade será “debaixo da graça” significa dizer que esta precisa ser transformada, e não só a homossexualidade, já que precisa da “graça”. Fico pensando como deve ser isso. Dá medo, juro.

Sim, existe e (quase) sempre existiu essa ideia de que sexo é sujo, é errado, feio, pervertido e tantos outros adjetivos que não tenho paciência de ficar lembrando. Já basta a perda de tempo com esse assunto, mas vejo-o necessário.

Como essas instituições lidam com o conceito de pecado, entendo que para tal “psicóloga” sexo seja errado e pecaminoso, portanto a necessidade da Graça Divina. Será que acha isso mesmo? Bem…, não estou interessada na vida sexual de ninguém.

Quem se interessa pela sexualidade alheia ou é por interesse político ou por fetiche!

A Graça Divina é para todos e para todas as ocasiões, portanto não pode ser vendida, tampouco marqueteada – (desculpe o neologismo feio, mas não achei outra palavra).

Ah… uma pessoa que pensa isso precisa mesmo é de um tratamento espiritual, psicológico e claro, físico – dá pra entender, né? – , para poder ter uma ideia do que realmente é o sexo e para parar de “meter Deus no meio” da vida sexual alheia – caramba… Ele tem mais o que fazer!

Enfim, não era nada disso que eu queria falar. Quero falar mesmo é de homossexualidade.

Para começar, onde existe amor, lá Deus está. E Ele não está nem aí para como  e com quem alguém expressa seu amor. Para Ele o que importa é o amor e isso qualquer religioso vai confirmar!  Amor é tanta coisa que tem nuances, gradações, intensidade, vibração, mas é simples – uma entidade muito poderosa.

No caso do homossexual não é diferente. O cara não acorda um dia e pensa: “resolvi ser gay, é muito mais colorido…!” Aliás, seria um bom motivo…  E se assim o fizesse e houvesse amor, tudo fluiria bem não fosse a infelicidade, o medo e o vazio alheios julgando aquilo que não conhecem. Ninguém me convence de que quem fica patrulhando a vida sexual dos outros não viva essa tríade doentia e triste.

Assim, já vimos que há amor. Vamos ver se há respeito, admiração, gentileza, cuidado ao lidar com o outro. Se um se preocupa com o outro, e ambos estão no relacionamento simplesmente porque querem, já estão em grandessíssima vantagem. Me diga aqui e agora, quantos relacionamentos homem/mulher vocês conhecem assim?

Me conte aqui você que está lendo esse artigo com o nariz torcido – é casada? Seu casamento tem amor, parceria, respeito, cuidado? Ah… que pena, então sinto informar, você precisa se tratar – comece confessando que está fingindo o que não sente por algum motivo que só você sabe, alias, se tiver sorte, sabe. Peça à Graça Divina da coragem! Afinal, a Graça é para todos, por isso é Graça e é Divina!

E você aí, meu camarada, está achando que estou falando demais? Você que não se separa da mulher com a desculpa de que a pensão seria alta e os bens divididos seria um grande problema? E sua amante finge que acredita porque também lhe é conveniente?

Sob o ponto de vista espiritual pensemos que quando encarnamos, ah… você não acredita em reencarnação? Ok, continue lendo mesmo assim, você vai entender de qualquer jeito.

Pois é, antes de chegarmos aqui na Terra não somos homens ou mulheresnão temos gêneroespírito é neutro – (se não acredita nessa nomenclatura, lembre do “sexo dos anjos”) e dependendo daquilo que viemos realizar por aqui, nos caberá melhor um gênero ou outro, e isto é definido antes de embarcarmos na carne da matrix – nossa mãe.

Alguns espíritos pedem para vir na condição homossexual – sabe por quê?  Têm funções diversas e precisam entender a vida sem cisões, precisam entender o ponto de vista masculino e feminino de igual forma – nada de polarizar as coisas, precisam ver a vida como um todo para realizar sua tarefa.

Claro que até que percebam isso, já sofreram o cão – se acharam estranhos, diferentes, sentiram culpa, medo e outros terrores. E se deram sorte, não foram obrigados pelos pais em sua adolescência a “se tratar” com uma pessoa tipo dessas – que faz da sexualidade alheia seu ofício político! O preconceito geralmente começa em casa.

Quando conseguem se perceber bem consigo mesmos, podem até mudar de ideia e preferir os dois lados fisicamente falando, já que têm a capacidade de amar e admirar o ser humano. Muitas pessoas acharão perversão. Isso não é novidade do final dos tempos… Talvez essas pessoas sejam mais amorosas e tenham mais compaixão do que você que está aí se achando “normal”…!

Aquele que está nesta Terra com a veste homossexual já está lhe fazendo um grande favor – está lhe dando a chance exatamente agora de pensar: “por que tenho raiva de homossexuais?” “Por que acho-os errados e não merecedores da Graça?” “Por que acho que devem se tratar?” “Como e por que me afetam?” “Onde me conecto com “eles”?” “Para que tanta energia jogada contra eles?” Cara, isso é um grande problema, mas é somente seu, e vai dar trabalho!

Viu? Agora pense, responda e livre-se desse peso que há em você e libere-se…! Você vai se sentir mais leve vivendo sua própria vida e deixando as pessoas serem felizes do jeito que são. Ou não sendo felizes, vai você querer piorar a vida dos outros sendo mais um problema? Você agora sabe que já tem os seus – e é bastante, não?! Se você pensou e foi honesto, sabe!

Desde que mundo é mundo a homossexualidade existe e o preconceito e a estigmatização vieram com tudo exatamente pelo fato de as pessoas a rechaçarem por medo do “desconhecido”. Será?

Ocorre que o princípio feminino e o princípio masculino são inteiros em si, exatamente porque o ser humano nasce inteiro – um não precisa do outro para complementar-se ou equilibrar-se. Precisamos uns dos outros para procriar, para amar, para o sexo e para tudo o que sentirmos necessidade, porém como humanos, para sermos humanos entre nós. Para amar – esta é a melhor opção, fica a dica.

Afinidade espiritual pode se dar com qualquer pessoa de sexo, idade, nacionalidade ou cor – somos espíritos.

Isto ocorre quando somos maduros, nos conhecemos e não temos medo do “diferente”. Será que tão diferente assim? Somos humanos com dores, medos, amores e tudo o mais. Precisamos sim discriminar aqui e agora – a desumanidade do preconceito e do medo do que “achamos” diferente.

Então por isso as pessoas acham que em um casal homossexual existe o papel feminino e o papel masculino? Credo! Isso existe como princípio e por necessidade de momentos específicos.

Se a mulher está mais forte num momento, ela é “o homem da casa” (o princípio masculino – a ação – o logos) e pronto! Isto é não só aceito, como apreciado, afinal a necessidade de ação foi suprida não importa por quem. E vice-versa, claro!

Enquanto houver dedos apontados julgando seus irmãos, enquanto um único indivíduo se sentir culpado pela forma que se sente, enquanto acreditarem que Deus é “El vingador” que pune seus próprios filhos pela forma que vive sua sexualidade ou ama seu semelhante, estaremos longe de sermos humanos, estaremos longe da própria Justiça Divina e daquilo que perseguimos aqui na Terra – a paz de espírito, que chamamos pelo apelido de felicidade.

É passada a hora de pararem de falar “em nome de Deus” como se tivessem uma procuração D’Ele, isso não passa de arrogância, e nesse caso, me permito usar uma palavra que esses juízes da sexualidade alheia usam: “isso sim é pecado!”

Valéria Trigueiro

Valéria Trigueiro é perfumeterapeuta com experiência na elaboração de perfumes personalizados segundo o equilíbrio dos 4 Elementos. Seu trabalho define-se como "Aromaterapia e Espiritualidade.

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