Artemísia em 3 estágios

Artemísia vulgaris

Para falar da artemísia, precisei lembrar de um caso de uma velha conhecida.

Ela tornou-se a “mulher Artemísia“. É… Existe isso. Vou contar:

Quando ela estava perto de completar trinta e cinco anos, botou na cabeça que estava velha demais, cansada demais, gorda demais… tudo era “demais”, mas só de coisas que a faziam ficar “para baixo” (demais).

Ok. Não aguentando nem a si mesma, resolveu fazer terapia e recebeu um diagnóstico de TDCTranstorno Dismórfico Corporal, o que vem a ser um problema de auto imagem – a pessoa não se vê como é.

Isto é muito sério, pois não vem sozinho, traz com ele a depressão, pode levar uma pessoa ao alcoolismo ou a distúrbios alimentares.

Se fosse antigamente diriam que ela teria “complexo de feiúra”, ela colaria esse rótulo na testa e sofreria ad eternum.

Entretanto, hoje em dia, a ciência e os estudos da psicologia estão avançados e alguma coisa pode ser feita. Além das terapias complementares… Veja só, esse é um exemplo bem legal!

Ela ficou bem, tomando uns remedinhos até que começou a frequentar demais o Instagram vendo fotos das amigas – e as das não amigas – que, acabou entrando em depressão feio.

(não. A culpa não é da rede social, é apenas potencializada por ela)

Dessa vez não ligou um fato ao outro, esqueceu-se da própria trajetória. Apenas procurou ajuda médica, porque a coisa estava feia para o lado dela. Ela mesma, continuava bonita, mas não sabia.

De temperamento ansioso, não iria ficar fazendo análise muito tempo, queria era um remédio.

E começou a trabalhar cada vez mais, para poder fazer face ao custo de todos os seus sonhos – botox, cirurgia plástica, preenchimentos etc.

Há cerca de uns 4 anos, saindo de um concerto musical, alguém me chama pelo nome, me abraça, se emociona e eu… Nem conto… Fiquei parada ali olhando… Não sabia quem era.

Me preocupei com minha memória, me achei a pior das pessoas. Como poderia esquecer de uma pessoa que me abraça desse jeito, pergunta por um por um dos membros de minha família, e eu não saber quem era, era demais!

Para minha sorte, ela tinha consciência do que tinha feito. Foram duas cirurgias plásticas no nariz, botox na boca e onde mais possível, usava lentes de contato, megahair, além dos dentes, que antes eram pequenos, claros e combinavam com ela.

Hoje seus dentes são imensos e brancos demais. Pois é…, Ela agora caminha no “demais” ao contrário. Ela se (re) apresentou. “Sou eu, Maritza!”

Respondi pedindo desculpas. Claro, que era ela. “Sempre agradável!“, respondi  Dizer “sempre bonita” mostraria que eu valorizava isso, e esta é uma questão séria. Além da falsidade, claro. Não é a minha vibe.

Seu corpo mudou todo também. Acho até que a única coisa que permaneceu na sua figura, foi a altura.

Fomos tomar um café e ela listou seus problemas. Estava querendo mudar de carreira – de uma super bem sucedida executiva de multinacional, para ser empreendedora. Estava em crise, muitas dúvidas, pois queria vender beleza, mas para isso ela teria que ser o cartão de visitas.

“Oh, meu Deus, pensei”. Ela lembrou e perguntou: E você, como está? Ainda dá aulas? E aqueles cheirinhos? Ainda usa?

Ok. Momento de olhar embaixo da mesa para ver se eu achava a minha paciência. Não achei. Olhei para os lados em desespero – “educação, paciência, onde vocês estão? Socorro!!!”

Respirei fundo e disse que trabalhava há vinte anos com óleos essenciais (os cheirinhos). Deixei a conversa rolar, aliás, o monólogo, até que ela lembrou que ouviu comentários sobre o meu tarot. Disse que tinha curiosidade.

Outra respiração profunda, e chamei o garçom. Pedi uma garrafa de vinho. Eu precisava como medicina.

Expliquei que não abro tarô para atender curiosidade. Falei sobre a seriedade e compromisso que isto requer. Ainda assim, ela quis marcar.

 

#Atendendo Maritza com Tarô Alquímico – Artemísia vem nos salvar

Claro que ritualizei, pedi para não se atrasar sob nenhuma hipótese, e que deixasse eu ler direto. Somente após a leitura, ela perguntaria o que quisesse e eu também.

Essa é uma ferramenta de trabalho que me dá muito retorno em termos de sucesso nos atendimentos. Ele conta a história da pessoa e até aponta traumas intrauterinos.

Claro que alí era um lugar certo para falar de medos, culpas, traumas e complexos. Apareceu tudo, inclusive uma mãe autocentrada, competitiva e muito ocupada para dar atenção aos filhos. Pai? Queria distância de casa – via a família como uma empresa a administrar.

Sem maiores detalhes aqui. O que importa é o que aconteceu 14 dias depois. Pedi que voltasse nesse prazo, mas até lá eu precisaria que ela utilizasse um floral alquímico que indiquei, e que além dele fizesse uma meditação. Seus sonhos deveriam ser anotados.

Não tinha dúvidas: ela precisava do floral de artemísia. E neste momento só dele. Nada de complementar com outros. Para potencializar, recomendei um banho com chá de artemísia – um em cada semana, ou seja, até a próxima consulta, dois banhos.

 

# Artemísia acalmando a “mente “explicadinha”

Na hora marcada, estava Maritza com um caderno capa dura debaixo do braço. Reparei algo de diferente, mas não me dei conta na hora. Ela estava sem maquiagem e de cabelos molhados! Tive vontade de bater palmas, mas seria rude de minha parte. Credo! Mas um “rude feliz”!

Chegou contando que sonhou muito durante aqueles dias. Fico muito feliz, pois sonhos são oráculos e grandes terapeutas. Estava tudo ali. Quer dizer, quase tudo.

Contou-me que pensou muito na nossa consulta, e que havia chegado a algumas conclusões. A primeira era de que precisava minimizar seus anseios por perfeição física.

Achei graça, pois quando pensou isso, é porque já havia sentido a emoção modificar. Na mesma hora pensei: “obrigada Senhora Artemísia”.

Sim. Esta erva nos conecta com nosso espírito através de sonhos, e vai direto ao ponto que nos mina a autoestima. Estava bem claro isto na fala de que “precisava minimizar seus anseios por perfeição física.” 

Ela estava ali sem maquiagem e de cabelos molhados!

 

# Artemísia em seu segundo estágio – percebendo-se Mulher.

Desta vez a atendi com um chá de rosas brancas com cravo e biscoitos de laranja doce. Fiz tudo muito leve, sem clima de consulta. Conversamos, e lá pelo meio da consulta, propus jogar o oráculo das flores *do Sistema Joel Aleixo, que poderia ser online, mas prefiro minhas cartas mesmo. Dá maiores possibilidades de comentar a razão daquelas cartas, e, têm a vibração e sacralidade de um oráculo  – o meu.

Fiz um jogo que chamo de “O Caminho das Flores”, no qual encontramos deuses,  deusas e elementais. Através do jogo, temos: de onde saímos, em que parte da estrada estamos, e onde iremos, ou poderemos chegar. Para isso estamos ali – “desenhando” o caminho.

A deusa que ajudava no Caminho era ninguém menos que Vênus – já me animei! Quem fornecia a benção? A Lua…! À essa altura, eu não era mais eu: era só um arrepio. Quer saber por quê? Ah… Pois é, são justamente Vênus e Lua que têm maior influência sobre a Artemísia.

Sim. Quando viramos a última carta – aquela que indica onde chegaremos, quem responde? Nem preciso dizer: a confirmação de tudo – Artemísia sim!

Nesse momento, Maritza falou sobre não ter tido nenhum episódio depressivo naqueles 14 dias, disse que estava se sentindo bem com sua aparência e que pela primeira vez na vida, achava que ser mulher era bom, natural e agradável, talvez pela primeira vez.

Disse que o trabalho que ela achava que ser mulher dava, tinha a ver com beleza, e agora tinha consciência – era um trabalho emocional, e que ela assumiria com coragem.

 

# E artemísia nos leva ao terceiro estágio – o espiritual

Já estávamos no final do segundo mês e, como era esperado, a euforia diminuiu, e enfim chegamos ao ponto mais sério e mais determinante, e até por isso mesmo, mais doloroso.

Calma, estamos aqui e todo o suporte é dado. Nesse caso, fizemos questão de um contato com a psicóloga de Maritza. Ela já estava sem medicação psiquiátrica.

Estava tendo “sonhos estranhos”. Tudo dentro do (ansiosamente, confesso) esperado.

Momento em que peço meu parceiro de trabalho para assumir junto comigo, pois não somente sua experiência, mas sua formação e calma, fazem toda a diferença.

A Artemísia precisa ser trabalhada assim. Usamos uma semana, descansamos outra – (semana de observação); troca floral por banho; entra na semana de observação; depois erva in natura, descansamos…  E tem todo o ritual, que envolve inclusive alimentação (não! Não é dieta!).

Eles fizeram um trabalho muito profundo e belo juntos. Quase no quinto mês de dedicação de todos três, o estágio da projeção astral que a artemísia pode induzir, foi feito de forma tão sutil e leve, que não houve aquela parte que costumamos dizer ser a mais dolorosa – tomada de consciência com amor e sensação de segurança é bem diferente!

Nos foi inspirada uma meditação na qual Maritza se reconciliou com sombras do passado, as coloriu, iluminou, e mais do que isso: reconciliou-se como mulher, aceitando seu corpo e sua vida em função de todo o trabalho feito, no qual entrou Constelação Familiar, meditações, oráculos e muito amor e fé no nosso Caminho.

A boa e melhor notícia, tivemos há aproximadamente um mês – Maritza abriu um spa holístico, teve alta da terapia – mas continua fazendo por opção -, hoje faz yoga, namora e  “sente sua alma encaixada no próprio corpo”.

Amamos ouvir essa frase, pois é um dos atributos desta erva.

A artemísia realmente ajuda a nos conectar com a nossa própria alma. Tem conexão direta com os chakras esplênico e laríngeo – criatividade e realização.

foto: Oráculo das Flores Joel Aleixo

(Esse link levará ao site do desenvolvedor do Sistema, onde você poderá jogar o oráculo online)

Artemisia vulgaris – evitar em caso de gravidez e lactação

Outros nomes: losna, absinto.

Valéria Trigueiro

Valéria Trigueiro é perfumeterapeuta com experiência na elaboração de perfumes personalizados segundo o equilíbrio dos 4 Elementos. Seu trabalho define-se como "Aromaterapia e Espiritualidade.

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