Martinha, uma menina de aproximadamente 8 anos, entrou na cozinha da casa, onde sua mãe preparava o almoço e pediu: “Mamãe, prepara uma limonada pra mim? Pediu e saiu, voltando para seus brinquedos.
De repente se deu conta de que já havia passado muito tempo e voltou à cozinha. Lá chegando, nem precisou falar nada, pois naquele exato momento a mãe estava cortando os limões. Ela apenas ficou ali parada observando…
Acompanhou os movimentos da mãe cortando os limões, separando os caroços, espremendo os frutos dentro de seu copo predileto, colocando duas pedrinhas de gelo em formato de estrela, e finalizou com um fio de mel para adoçar. Mexeu com uma colher tão rapidamente que fez um redemoinho dentro do copo.
Martinha entretanto havia parado e se fixado em uma única cena – a separação dos caroços – só voltou à realidade quando ouviu o som da colher dentro do copo, enquanto a mãe misturava o mel ao suco.
Quando parou e estava prestes a jogar os caroços no lixo, a menina interrompeu a mãe:
“O que é isso que você está fazendo, mãe?”
A mãe espantou-se. “Nada. Estou colocando os caroços no lixo, junto com o bagaço dos limões.”
“Os caroços são ruins? Fazem mal?”
A mãe não estava entendendo onde Martinha queria chegar com aquela conversa.
Só pensou que ela estava sendo uma “criança perguntadeira”, havendo preferido esse adjetivo para não usar aquele que realmente estava pensando : “que menina chata, essa minha filha!”, mas não teve coragem. Achava errado pensar isso sobre filhos…
Respondeu: Não, filha. Já usei os limões e…”
A menina perguntou: “Mãe, de onde veem os limões?” À essa altura já com a paciência enfraquecendo, respondeu sem muita atenção: “da terra”. E a menina continuou: “Mas, mamãe, eles surgem espontaneamente?”
“Não, minha filha. Temos que plantar as sementes na terra.” Só nesse momento ela se deu conta de que tinha em suas mãos um limoeiro. Percebeu que na semente de um limão está contido um limão inteiro. Neste limão, algumas sementes. Quantos limoeiros são desperdiçados a cada dia!? – pensou.
Nós fazemos isso com muitas coisas em nossas vidas. Quantas sementes são desperdiçadas? Ideias, desejos, oportunidades, sentimentos, projetos, relacionamentos em estado de semente são descartados.
Precisamos prestar atenção em nossas sementes, que são nossas palavras, que são nossas ideias, nossas atitudes e nossos afetos.
Costumamos fazer isto mais do que percebemos. Vemos o limão, mas não percebemos suas sementes – usamos o sumo e jogamos fora “o resto”. E o que seria o “resto?” As cascas onde tem a vitalidade do limão, seu óleo essencial, as sementes onde temos um limoeiro em potencial. Vemos apenas aquilo que está embaixo do nosso nariz, o que nos convém e descartamos, muitas vezes, o mais importante.
Estamos em um momento no Mundo no qual se faz urgente prestarmos atenção nas sementes, sejam elas palavras, atitudes, nossos filhos, ou os caroços do limão. A Alquimia se faz presente e urgente em tudo. Nada pode ser desperdiçado. Nada pode ser descartado.
Não vamos falar da fome no Mundo, mas podemos lembrar que das cascas de um “simples” limão podemos fazer um bom xarope para a tosse. Precisamos alquimizar, precisamos reciclar! E isto é urgente. Não há mais tempo para desperdícios – de tempo, de energia, de matéria prima, de Amor.
Nas sementes está o Todo. Nas sementes está Deus. Há um dito popular que diz que se lhe derem um limão, faça uma limonada. Sim, mas os tempos mudaram. Faça a limonada, mas não considere apenas seu sumo, veja em suas cascas o futuro xarope, nas suas sementes, o limoeiro. Assim deve ser com a maçã, a laranja, e os seres humanos! Considere a obra completa!
Óleo essencial de limão:
Físico: hipotensor, diurético, desintoxicante do fígado – limpa gordura neste órgão – e vesícula biliar, ajuda a combater o colesterol, saúde dos ossos, renovação celular…;
Emocional: refrescante, ajuda a manter o estado de alerta, clareador mental;
Energético: desengordurante (limpa aquilo que está grudado, como crenças, por exemplo) da aura, contra miasmas antigos, limpeza energética de ambientes.
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