Uma pessoa está caminhando já há bastante tempo e sente-se cansada, parece estar perdendo aquela energia que até então vinha mantendo ao longo da jornada.
Ela precisa continuar, não há outra hipótese. A sensação é de que o ar está ficando escasso e que precisa ser economizado. Como se economiza o ar? Mais do que isso, como se economiza o prana? O prana é exatamente aquela energia vital que nos move para frente; que não permite que nos percamos no caminho, caindo de exaustão.
Ela sente como se algo lhe faltasse na região do tórax. Ela sabe que sim, é uma opressão, como se lhe faltasse não apenas o ar, mas muito mais do que isto.
Sensação de escassez de vida, como se estivesse convalescendo de um grande trauma ou ou longo período de enfermidade, falta-lhe forças nos músculos e na alma…
Consegue perceber que o que parece faltar é a própria vontade de realizar e seguir em frente. Ela se assusta – jamais foi de desistir, e não seria agora que o faria. Não se reconhece. Que falta de forças seria aquela?
Descobre que há algo acontecendo no mundo que lhe escapa. Não pertence só a si mesmo a solução de algo tão opressivo, mas sabe que é parte dele e precisa estar pronto para enfrentar a Vida em sua plenitude porque já aprendeu que ela é tudo – por vezes mãe amorosa, por vezes pai severo.
Conversando com seus pares, descobre que muitos se encontram com a mesma sensação de agonia– opressão e vazio, medos inexplicáveis, cansaço… seguidos do temor de não conseguir chegar ao destino. Qual era mesmo o destino?
Sabe que na verdade é algo que se passa no nível Coletivo e assim deve ser tratado. Percebe que o medo, a falta de forças, a sensação eminente de perda dos sentidos não lhes pertence individualmente. Na verdade, o recado trazia em si essa mensagem subjacente. Você sabe como são esses recados que chegam “através do Ar?”
Algo precisa ser feito, e tem que ser agora! Sabem que não são deuses para fazer milagres, mas por outro lado recebem uma inspiração que vem do Espaço Sagrado, quem sabe de outras esferas?
Neste momento, sente que a força e a capacidade de absorver a Energia Vital ainda estão ali, nunca lhe faltaram verdadeiramente. Chegou como inspiração – uma palavra soprada em seu ouvido. O “Ar” sussurrando em seu ouvido…
Ele ouve: “dente de leão”. A princípio imaginou-a apenas em linguagem simbólica, como força, capacidade de “agarrar com unhas e dentes” aquilo que se quer alcançar. E continuou: “… liberdade, poder, confiança…”
Lembrou também que na lenda do Minotauro, Teseu havia se alimentado por todo um ciclo lunar com uma erva, que lhe propiciou capacidade de lutar com o monstro. Teseu se alimentou apenas dela durante vinte e oito dias!
Claro, não lembrava se seria esta erva. Bingo! Confirmado. Foi exatamente o dente de leão que ajudou Teseu. E você sabe? Ele venceu o Minotauro!
Momento de decifrar o recado e juntar as peças. Percebeu que a flor parece, na verdade, a juba do leão. Somando-se a essa informação, segue-se a de que ela é uma erva que nasce espontaneamente e se espalha com muita facilidade, tendo sido inclusive considerada como erva daninha… Que injustiça!
Assim, percebeu já algumas qualidades: doação, liberdade de se espalhar pelo mundo, desprendimento, o que gera confiança na vida, por que não dizer fé?
Fechou os olhos e viu a imagem de crianças correndo pelos campos, brincando sorridentes. Gostou do que viu, sorriu, mas ainda não estava satisfeito com as palavras que ali se juntaram – liberdade e alegria.
Veio a ideia de uma possível conexão com o Sol e com a Lua – tendo em vista sua forma redonda durante um tempo de cor amarela, que mais tarde se transforma e fica branca como a Lua e nesta fase, com um simples sopro, se espalha pelos campos, doa-se à Terra, fertilizando-a.
Após todo este momento pensando no simbolismo do dente de leão, percebeu que muito mais seria preciso para convencê-lo de sua importância, além de descobrir a razão de estar pensando tanto em dente de leão.
Foi até engraçado perceber que não havia se dado conta de que esta erva era sua velha conhecida, mas só lembrava de seu nome científico, que é a Taraxacum officinalis – sorriu e agora então pode dizer que é uma poderosa vitamina. Só de curiosidade: ela contém zinco, vitamina A, ferro, cálcio, potássio, vitaminas C, E e K. Isto equivale dizer que é boa para os ossos, excelente digestivo, diurético, antioxidante que atua direto nos vasos linfáticos, fazendo uma boa faxina, eliminando toxinas do corpo humano. Poderíamos inclusive inferir que ajuda a emagrecer. A boa notícia é que sim, existem estudos que dão conta de que isto é verdade. (não afirmamos – pesquisem!)
Mas agora que contamos tudo isto, já podemos revelar que o recado ouvido como apenas “dente de leão”, voltou a se repetir incluindo-se as palavras: “recuperação das forças perdidas, absorção da vida em sua plenitude e confiança no caminhar. Poderoso alimento para o campo energético, fortalecendo os chakras.”
Recado ouvido e transmitido a quem até aqui chegou. Nesse momento me permito indicar que o chá de dente de leão deve ser tomado segundo as instruções do médico, ou no mínimo do rótulo. Minha sugestão é de que seja feito em meio litro de água filtrada e que a erva seja medida com uma colher de sopa, colocada no centro de suas mãos e ali mesmo seja feito um pedido para que ela se doe em plenitude com todas as suas propriedades para que você consiga ter forças… e tudo o mais que já sabe que ela pode fazer para lhe beneficiar. Tampe a panela, mas não sem antes agradecer. Desligue o fogo, espere alguns minutos e pode se beneficiar desta erva sagrada. Usar após as refeições. É excelente digestivo.
A nota que não poderia faltar é aquela que gostamos de ressaltar. Leia a respeito, pesquise as indicações, principalmente as contra-indicações, veja se vai ser boa para o seu caso. Faça uso responsável e aproveite!
O que não contei ainda é que a erva dente de leão é considerada uma planta das fadas, pela sua capacidade de se espalhar pelo ar, distribuindo bênçãos e saúde a quem com elas tiver contacto.
Fica a dica: Façamos como Teseu e vençamos nossos Minotauros de cada dia – um ciclo lunar e teremos forças, alegria e equilíbrio para recebermos 2019 com todas as bênçãos e desafios que ele trará. Na verdade, como todo ano traz.
Uma curiosidade: recebi o recado no momento em que estava tomando o chá por indicação de minha homeopata. Fui pesquisar pela abordagem alquímica e lembro que temos um floral dente de leão no Sistema Joel Aleixo (foto ao lado) e que não por coincidência, toda a indicação é exatamente esta que me foi passada pelo amigo Marcelo Barroca, a quem agradeço esse e todos os recados que tenho o privilégio de receber quando há névoas no Caminho.
Fotos: Unsplash, com exceção da posicionada no parágrafo que fala dos chakras – tirada do Tarot das Flores do Sistema Joel Aleixo.
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