Às vezes demoro um pouco para falar sobre meu assunto preferido, que é sobre as personalidades olfativas. Entretanto, quando você sonha com um óleo essencial, aí não tem jeito. É para voltar a usar imediatamente e, desta vez, falar sobre minha experiência com ele.
Há alguns anos uma amiga que mora na Itália trouxe de lá um frasquinho desse óleo para mim de presente. Até então não tinha tido contacto com ele, e pouco sabia a respeito.
Claro, isto não constituía problema algum, já que poderia pesquisar, mas resolvi fazer diferente. Nada melhor do que ter a experiência antes, e estudar depois. Assim, a vivência de algo torna-se mais verdadeira, sem a influência externa da “senhora expectativa”.
Para poder entendê-lo, senti-lo, e digamos, praticá-lo, fiz um perfume com algumas gotinhas. Bem, na verdade, coloquei algumas gotas no álcool de cereais para ser mais exata e usei como perfume.
Nos primeiros momentos não gostei muito, pois além de remeter-me ao aroma do olíbano, não constituindo lá grandes novidades, resolvi ficar atenta aos seus efeitos.
Exatamente nesse ponto descobri sua função. Não consegui ficar atenta a coisa alguma. Passei uns dias com maior necessidade de meditar, me conectar comigo mesma.
Ah… a grande notícia é que ele realmente abriu o fluxo de tudo para mim naquela época. Comecei a me olhar melhor, peguei nas mãos as chaves do meu chakra laríngeo e destranquei-o; tendo cuidado para abrir aos poucos o cardíaco, mas quem manda nesse cara? Ao colocar a chave, ele abriu, escancarou e saiu dando nome aos bois e separando o joio do trigo.
Isto foi a parte que notei e o “Mundo” notou, foi uma experiência alquímica e posso falar? Maravilhosa… Mas só quando as coisas entraram em seus lugares, diga-se. Não demorou nada…! (Agora eu falo isso…rs)
Foi um processo calmo. As pessoas estranharam porque introverti um pouco e isto é raro.
Enfim, ao ir procurar tudo o que esse óleo faz, descobri algo que me fascinou. Ele é conhecido pelos árabes e turcos como “acima e abaixo” – ah… não disse que era alquímico? – ou seja, me remeteu à Tábua de Esmeraldas – “…Aquilo que está abaixo é como aquilo que está acima, e aquilo que está acima é como aquilo que está abaixo, para realizar as maravilhas de uma coisa.”…”
E comigo, literalmente realizou maravilhas, encaixou as energias de baixo para cima, num fluxo constante, alinhando chakras, sintonizando coração, cabeça e mão.
É um óleo, na verdade, uma resina, que, aliás, seu nome oficial é Canarium luzonicum, que lhe tira a atenção dos barulhos do mundo e a traz para os seus rumores internos e é nessa parte que entra a sua ação. Ele tem, literalmente, um aroma de cura.
Caso você tenha a intenção de viver de acordo com suas crenças e desejos, esta resina lhe ajudará a permitir-se unir o sagrado ao profano, já que propicia estados meditativos profundos, boas conclusões, e trabalha a coragem para ir para o mundo agir, fazer aquilo que deseja ou precisa. Transformações na sua essência primordial. A forma (transformação no mundo material é apenas a consequência), pois ele atua na prima matéria humana, transmutando a essência.
Hora de sentir, pensar e agir. Sua benção é remeter-nos a um estado de sentir mais e pensar menos. Ele une as nossas pontas, junta os pontinhos e o desenho de quem somos e de nossos projetos surgem como um presente.
Foto 1: Photo credit: AlmaGamil_Philippines on VisualHunt/ CC BY
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