Eu sou uma árvore e aqui estou para te ajudar a lembrar quem és. Sim, é normal vez por outra que nos misturemos com fatos e personagens externos à nossa natureza.
Minha natureza é protetora e não me disfarço. Mostro logo quem sou, não escondo. Afinal, conheço bem o Mundo e sua Natureza, pois estou aqui nesse Planeta desde que mundo é mundo.
Ah… sim, gostam de precisão? Estou aqui desde a época pré-histórica. Meus antepassados combateram epidemias na Grécia Antiga, trabalharam muito na Idade Média fazendo de tudo, pois nossa natureza é eclética e podemos tratar desde infecções respiratórias a doenças nos rins. Isso só para começar. Estou tentando ser humilde, não me levem a mal. Mas falo a verdade sem medo.
Minha linhagem se espalhou pelo mundo devido à nossa força, realmente somos humildemente nobres, trabalhadoras e curadoras. Nos transformamos em incenso para rituais no Tibet, nos unimos aos índios nativos das Américas em seus rituais e viajamos para onde somos necessárias, isto é, pelo mundo inteiro.
Nos tornamos bebidas alcoólicas se necessário for. Foi o caso do gim que nasceu pelas mãos do médico Sylvius lá pelo Século XVII, na Holanda. Ele pesquisava nosso temperamento, pois sabia de nossas propriedades diuréticas. Criou um remédio para amenizar os problemas renais, descobriu que se juntasse algumas de nós a outros cereais, poderíamos curar algumas doenças.
Ocorre que os soldados ingleses que lutavam na guerra adoraram tal remédio, achando-o saboroso e ainda espantava o frio. Eles descobriram nossa capacidade de aquecer e alegrar as pessoas.
Já no ano de 1730 essa bebida/remédio começou a ser comercializada na Inglaterra em grande escala. Quase acabaram com nossa família de tanto usar nossos frutos para fabricação do gim. Não coneguiram! Somos expansão!
A Abadessa, médica e teóloga, hoje canonizada, Santa Hildegard Von Bingen, que viveu no Século XII recomendava nossa contribuição para problemas nos pulmões e todo o centro do peito, ou seja, coração incluso; no fígado, no baço e no pâncreas.
Temos fama de ter temperamento quente e amargo, e não sem razão, pois para chegarmos à doçura precisamos conhecer o seu oposto e nosso calor faz expandir corações, mentes e energias.
Compartilho com vocês a oração que trago no DNA para que você imprima-a nos seus:
“Para crescer, precisei ser pequeno;
Para ser doce precisei experimentar o amargo;
Para ser expansão, fui a própria contração;
Para ser cura, fui a doença;
Para ser dono de minha vontade, me perdi, fui depressão;
Para ser coragem, aprendi, vivi, lutei e fui o próprio medo;
Para ser leveza, carreguei fardo pesado;
Para ter coragem de assumir a força, enfraqueci;
Para ter sucesso, fracassei;
Para vencer o luto, morri;
Para renascer, fui espírito, sou espírito.
Para ser resistência aprendi a fraqueza e a venci.
Para ser um homem fui meu próprio homem;
Para ser mulher, fiz o mesmo;
Hoje sou inteira, sou inteiro, me pertenço,
Sou fusão, sou andrógino.
Sou espírito, sou a força de vontade,
Sou a força e a vontade;
Reverencio o Universo do qual sou parte ínfima,
Mesmo assim sou grande, sou a união;
Sou raiz profunda, e por isso mesmo tenho asas,
Posso voar na direção que eu quiser.
Falo a verdade sem medo porque conheço o silêncio.
Sou verde como a cura;
Meus frutos são da cor Azul Planeta;
Mas podem ser pretos, amarelos ou vermelhos, sou eclético;
Sou outono por escolha, pois fui todas as estações;
Sou mãe, sou pai, porque fui filho, sou filha,
Sou guerreiro, sou pacífica, sou amor.
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