Falamos sobre São Sebastião e sua história como algo possível e provável, e não como fato histórico, já que histórias de santos costumam ser permeadas de mistérios e imprecisões.
Acredito até que de propósito, pois o assunto pertence ao campo sutil, espiritual, portanto todos os dados servem para reflexões, analogias e simbolismos para nos ajudar a pensar.
Conta-se que Sebastião não tinha a menor tendência para o militarismo. Ao contrário, era um pacificista. Mas como a vida tem vontade e meios próprios, ela arranja um jeito de colocar as pessoas naquilo que parece “uma furada” visando um propósito maior.
É o que parece que aconteceu com nosso padroeiro. Ele tornou-se militar a fim de ajudar outros soldados cristãos como ele, a enfrentar a perseguição do imperador Diocleciano. Ele viveu na Era dos Mártires, quando os soldados eram literalmente caçados e mortos por serem cristãos.
São Sebastião era soldado romano. Padroeiro de atletas, soldados, arqueiros e protetor contra casos de epidemias. Ele, mantinha sua fé para si e a usava a favor dos perseguidos não deixando que estes se entregassem ao desespero, mantendo-se firme junto aos soldados até o último momento, para que jamais lhes faltasse a certeza de que há um Deus e de que Jesus os ampararia na Terra, e quando chegasse o momento, os guiaria ao Paraíso.
Uma passagem posso contar, que fala que dois irmãos, de família de senadores, Marcos e Marcelino, condenados à decapitação. Estavam presos e confinados na casa de um escriba chamado Nicóstrato. Ali eram submetidos a chicotadas diárias a fim de desistirem de sua fé. Entretanto, por serem de família influente, conseguiram um acordo. Pois é, essa droga sempre existiu… tráfico de influências…!
Sua família, composta de esposas, filhos pequenos, seus pais e até amigos, teriam a permissão de visitá-los e tentarem convencê-los a desistir da fé e negarem o nome de Jesus.
Ocorre que Zoé, esposa de seu anfitrião, era muda (não sei se existe uma nomenclatura “politicamente correta” que substitua essa palavra, desculpe o mau jeito!) e assistia não só às sessões de tortura, bem como às conversas que Sebastião tinha com os dois irmãos para que não deixassem a peteca cair e se mantivessem firmes na fé em Cristo, sem que para isso precisassem negá-lo, ou mesmo se entregassem em martírio. Imagino que coisa difícil! Suas palavras eram sábias, fortes e de fé, tanto assim que Zoé comovida e convencida das palavras do soldado Sebastião, olhou-o e pode perceber que ali estava alguém diferente de tudo o que conhecia.
Podia contar com ele como se um anjo fosse. Jogou-se aos seus pés e apontou para a própria boca indicando que ali existia um mal que precisava de cura. Sebastião fez o sinal da Cruz de Cristo e imediatamente Zoé voltou a falar e suas primeiras palavras foram um louvor à Cristo e uma demonstração de fé e admiração por tudo aquilo que Sebastião pregava.
Seguindo-se à ela, o próprio escriba Nicóstrato, ajoelhou-se diante de Sebastião e ofereceu-se em sacrifício para assumir o lugar dos irmãos. Enfim, ali começou uma série de conversões, batismos e até escravos foram libertados devido à nova visão, pois se havia um Deus maior, nenhum homem poderia ser escravizado.
Tudo muito bonito até o dia em que o então capitão da guarda pretoriana romana que havia se tornado o soldado Sebastião, declarou-se cristão. Pronto! A partir daí, já sabemos que ele foi condenado, levou flechadas e morreu.
Aí é que está! Não. Não morreu não. Foi descoberto ainda vivo por uma senhora viúva, que o levou para casa, cuidou de suas feridas e ele sarou. Esta senhora, conta-se, era Santa Irene. (veja a foto) Mas… adivinhem o que ele fez? Voltou à boca do lobo e se apresentou de novo ao tal Deocleciano, questionando-o sobre sua crueldade.
Claro. Deu tudo errado, o imperador não quis saber. Condenou-o de novo e dessa vez, parece que ele não se recuperou. Digo parece, porque esta história, como disse, pertence ao Mistério. Mas de uma coisa eu sei – vivo ele está em outra dimensão e ainda pode muita coisa sem a densidade da matéria. Aliás, muito mais, acredito eu.
Então é hora de pedir seriamente que cuide do Rio de Janeiro, utilize de sua capacidade de nos proteger contra epidemias, afastando todas as físicas, espirituais e morais de nossa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, e que expanda sua força, fé e bênçãos para o Brasil nesse momento em que a epidemia moral tenta se alastrar. Segure nossa mão, Sebastião!
Seu sincretismo na religião africana é Oxossi. E na força de Oxossi, aquele que cura e é responsável pela floresta, suas ervas, alimentos, e portanto pela sobrevivência, e é tão bom nisso que precisa de uma única flecha, que é indestutível, pois jamais erra seu alvo. A ele pedimos que a mire no Brasil e fira mortalmente tudo o que nos faz mal. Com suas ervas cure toda doença e pobreza em qualquer nível deste país!
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