Quais as modalidades de tarot?
Há várias modalidades de tarot. Entretanto, se formos considerar tarot e oráculo, poderemos perceber algumas diferenças, apesar de ambos terem o mesmo propósito.
O tarot tem regras específicas e pré-estabelecidas. Cada tipo de tarot pode ter uma energia diferente, dependendo da tradição que segue, do ilustrador das cartas, o processo de impressão, e até o tipo de papel.
Um detalhe determinante é a a utilização de cores, por exemplo, que grande tem influência na forma de se sentir as cartas. Cada indivíduo irá se identificar com aquele que sente que o tarot “fala” melhor.
Já os oráculos, estes podem vir de diversas culturas, ter temas variados e não necessariamente precisam de um determinado número de cartas como regra. Assim, podemos ter os oráculos dos anjos, das flores, dos mitos de uma determinada cultura, como a celta, a egípcia, etc.
Um bom exemplo são as Cartas Ciganas, que não só trazem em si a tradição e cultura de um povo, como geralmente são herdadas – com grandes chances de ter sido um dom herdado de um antepassado.
O que isso pode significar? Intuição, respeito e sacralidade pelas cartas diante do Oraculista/Leitor. Com os oráculos, nossa intuição poderá fluir com maior facilidade, pois as regras de um tarot, não podemos mudar em função da intuição. Já com o oráculo é como se ele servisse para girar uma chavezinha nos conectando com o sagrado em nós.
Qual o melhor? O leitor do tarot ou oráculo. Ele é o tradutor dos símbolos, e temos que contar com sua intuição, conexão entre leitor e consulente e sua forma de interpretação. Na realidade, as cartas servem apenas como ponte entre os dois inconscientes ali presentes. Ele terá que ter ética e uma cultura razoável para utilizar exemplos inteligíveis a cada pessoa diante de si, utilizando uma linguagem compatível com ela. A sensibilidade do Oraculista é a chave.
Deverá perceber até onde pode ir em uma consulta, e além disso, a cada problema que veja como potência no jogo, o ideal é que tenha uma palavra, uma parábola, um exercício ou algo que possa dar ao cliente para utilizar seu livre-arbítrio tentando modificar a situação, ou mesmo algo que o fortaleça para enfrentar o momento. Jamais deverá assustar o consulente. Ele não está ali procurando isto, ao contrário.
As cartas não necessariamente preveem o futuro como muitos podem acreditar. Elas mostram a potencialidade de algo acontecer, até porque se fosse uma sentença, não precisaria desta ferramenta.
Como funciona? As cartas ou baralhos, seja lá como chamemos, têm origem profana. Existiam para distração e apostas. Ocorre que com a ameaça de ver todo o conhecimento já registrado em papiros ou livros – dependendo da versão da história – destruído, chegou-se à conclusão de juntar toda a sabedoria até então à disposição em “lâminas” de ouro. Assim, seria preservada.
Vou dar minha versão, pois é esta que acredito. Juntar o profano ao sagrado é a via mais fácil de acessar a mente humana, pois facilita o trânsito da informação. Não adianta sacralizar demais, pois pode ficar algo hermético a tal ponto que se perde o propósito.
A união das energias do leitor e do consulente em oração e respeito é o primeiro passo. Mostrar o que as cartas trazem em si como símbolo é o segundo passo, que pode ser feito juntamente com o cliente, pois trata-se da vida dele, e neste momento, o leitor das cartas, terá a dimensão de até onde ele pode ir, qual linguagem utilizar e quais sugestões poderá apresentar.
Acreditamos que as cartas podem nos apontar caminhos, sugerir direções, questionar comportamentos e nos prestar um grande serviço em termos de autoconhecimento. E somente a partir dele é que podemos pegar nossas vidas nas mãos e fazer dela algo do qual nos possamos orgulhar. Para isto estamos encarnados.
Costumamos recomendar que ao fazer uma escolha do tipo de baralho a ser utilizado, que seja priorizado o ser humano que o irá ler. Além disso, algo importante é que este tenha ferramentas opcionais que possa, caso queira, ser oferecidas, como floral, aromas, banhos de ervas, mantras ou aconselhamento, caso seja apto para tal.
Mas o mais importante – uma coisa não deve estar atrelada à outra, precisa ser uma necessidade e opção unicamente do cliente.
Caso alguém leia um oráculo pra você, diga coisas negativas e após se ofereça para fazer um “trabalho” afirmando que ela mesma poderá providenciar por uma valor extra, reconsidere tudo o que ouviu. Pense se você teve influência energética ou comportamental no processo de leitura.
Saia, agradeça e diga que volta outro dia com uma resposta. Jamais se apavore, pois a chance de ter sido um bom jogo em todos os sentidos, serão poucas. Se você voltar, bem, responsabilidade sua, mas não diga depois que “a Cigana te enganou.”
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