O arquétipo da semana seria um andarilho e um aroma de Olíbano do Deserto.
Quando temos que nos deparar com nossa escuridão pessoal, devemos absorver ao máximo a oportunidade em resultados de sabedoria, paciência e até mesmo domínio de nós próprios. Conhecer nossos sofrimentos na mais profunda versão pode significar cura. Só conhece a dor do outro quem já reconheceu a sua própria.
Facilmente, e com constância precisamos enfrentar nossos fantasmas e muitas de nossas frustrações. Caminhar sozinho não significa estar abandonado. Pois o único ser que não pode nos abandonar somos nós mesmos.
Sejamos nós os curadores feridos de vida e de morte.
Se a ferida for tratada sem saber a causa, pode vez em quando se abrir em dor.
Na tangente do óbvio, a solidão pode significar tristeza. Seguindo essa linha, tristeza significa angústia. Mais dois passos, depressão.
O que seria de uma montanha linda e imponente se não houvessem as depressões, os declives e os vales? Não se analisa o potencial rochoso por seu pico, mas sim pela sua história escrita na base, ou quem sabe na profundidade escondida nela.
Emocionalmente isso nos traz a escuridão de pensamento e falas. O que estava sombrio e guardado, agora pode ser revelado. O cuidado é na forma que isso é exposto. Tudo que é para nossos conhecimento e desenvolvimento, se transformará em luz. Tudo que for de profundidade trevosa, para que machuque apenas, se transformará em dor mútua. Quem fere, será mais do que ferido.
No físico, trazemos a necessidade de expressão. A vontade de tatuagens, novos furos, novas “marcas” se afloram como quase que vitais. Mas fica o alerta para resultados não satisfatórios.
A dor não tem que ser sentida no físico, mas curada na alma.
O mistério de andar só também traz o interesse alheio. Aquele que busca nos outros a venda de seus próprios problemas. Mais uma vez, fere aquele que não aguenta feridas.
“Caminhando lentamente, me percebi só. Sozinho em companhia, sozinho em pensamento e sozinho em destino. As imagens da paisagem aos poucos foram se apagando. O corpo já não se importava mais com o cansaço e nem com a dor. Agora era eu e nem mais minha sombra que já havia me abandonado um pouco mais de três passos atrás. No caminho que agora já não existia, tudo era o nada e nada era o tudo. A luz se fez escuridão e a escuridão se fez eu… nesse momento no meio ao nada descobri tudo. Vozes, medos, fantasmas, sentimentos, sopros e fugas. O nada se fez tudo. Ali habita o eu que ninguém conhece, o que escondo de mim mesmo. Ali está minha forma mais completa, minha plenitude. E dessa plenitude posso me transformar no que eu quiser… até mesmo na minha luz própria, no meu EU melhor.”
Ninguém está só ao menos que queira estar sozinho. Pois entre muitos, existe você e melhor companhia não há.
Deixemos as frustrações e reclamações de lado, transformando tudo em motivações para que o novo brote e a felicidade chegue.
“Toda imagem no espelho refletida, tem mil faces que o tempo ali prendeu” – Diogo Nogueira
Então vamos descobrir quem somos?
http://valeriatrigueiro.com.br/aromaterapia/olibano-uma-resina-sagrada-revisitado
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