Algumas notícias chegam mesmo quando não procuramos, ou esperamos por elas. Porque mesmo parados, estamos sempre em movimento.
O problema é que nos deslumbramos tanto pelas nossas emoções, que mal conseguimos distinguir a realidade.
Era um belo caçador, reconhecido pelos abates das mais temidas feras e das mais monstruosas criaturas. Esse mesmo destemido caçador era belo e gentil. Sabia respeitar a Natureza e tudo que dela advinha. Nobre e diplomático, detentor dos mistérios dos elementares e da alquimia profunda, não abatia somente por esporte. Sabia de onde tirar a carne do alimento, onde não desequilibrar a cadeia alimentar.
Sabia que toda carne ou ser vivente tem origem divina, nada é pecado comer. Mas é pecado o desperdício, a morte sem propósito, o cozido desnecessário e a colheita fora de hora.
Sábio, observava os erros de outros caçadores amigos, mas sabia que cada um tinha que cometer os próprios erros, para que houvesse crescimento e aprendizado. Zelo não significa livrar o protegido dos tropeços, mas a oferta da mão na hora de se levantar novamente.
Caminhando sem olhar para trás, esse caçador buscou em todas as trilhas uma pedra diferente que erguesse seu castelo. Castelo esse que nunca foi e nunca será erguido, pois a beleza da caminhada nunca deu espaço à fortificação inatingível. Pois essa, jamais existiriam pedras em número suficiente para ser erguida.
A caça é que alimenta o fogo. A fogueira alimenta a alma. A lenha alimenta somente a imaginação.
Então o que esse caçador “andante” busca é apenas o aprimoramento do sentido do conhecimento. Para que esse seja espalhado pelo vento e nunca retornado à origem. Conhecimento se passa para frente, nunca se esconde no passado.
Caçador hoje das magias, se torna um pequeno alquimista e um temido cigano jovem. Que na busca do conhecimento, encontrou o amor como forma de equilíbrio. Pois quem só buscava o conhecimento, descobria que o trajeto era solitário e vazio. E se vazio, mais uma vez não se tem como passar adiante o saber.
Anteontem caçador quase instintivo, ontem cigano do conhecimento e hoje nós. Homens com discernimento, que muitas vezes buscamos pedras para nunca construirmos fortalezas, que matamos leões à dentadas, mas que nos tornamos frágeis nos braços do amor.
É nessa caminhada que se desenham os dias. Aprendizado, para que possamos dividir com quem amamos. Notícias movimentando que chegam e que devem ser espalhadas com o vento. Trilhas novas que devemos desbravar, sem medo de retorno, sem medo do desconhecido, sem medo das criaturas que iremos enfrentar.
Mas sabendo sempre distinguirmos os nossos desejos de fugir dos erros com um chamado do destino.
Talvez o que nossa alma caçadora cigana mostra é que a hora é de organizar a bagunça e enfrentar as feras e magias.
Uma erva que intoxica o estomago, não necessariamente fere a alma.
Uma semana reveladora para todos!
Óleo Essencial: Absinto – (Arthemisia absintium) – conhecido também como losna –usar no aromatizador – não ingerir!
Absinto – É uma erva considerada de Plutão e Marte, o que equivale dizer que a força de realização marciana – o ímpeto e a coragem para movimentar as energias necessárias para enfrentarmos nosso Caminho – o desbravar. Esta, aliada ao poder de transformação de Plutão é capaz de trazer à luz aquilo que estava escondido, em termos de relacionamentos, saúde e verdade. O uso nesse caso é indicado para ajudar a refletirmos e passarmos por esse aspecto com clareza, consciência e ação direcionada.
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