Tendências de 29/01 e 05/ 02/2018 – Quando o vento muda a direção.

“Vamos chamar o Vento,

Vento que dá na vela

Vela que leva o barco

Barco que leva a gente”

Devemos começar a semana com esse louvor de Caymmi. O vento que muda a direção. O vento que cancela os planos, que cancela as viagens. Se soubesse disso antes, não teria feito tantos planos para essa semana… Mas acho que a ideia é essa  – os planos terem sido feitos e as mudanças a longo prazo chegarem e mudarem a direção do vento.

O vento, quando menino era conhecido como sopro. Alegre, inocente e sonhador. Fazia os mais mirabolantes planos de vida. Imaginava quando seria forte e grande como um tufão, ou maduro e assertivo como a brisa. Vento, sonhador, imaturo, irresponsável, mas ainda sonhador.

Esse trazia na bagagem emocional alguns medos. Medo da chuva, medo de dias ensolarados, medo da maré parada, medo de não poder soprar nas quatro direções. Esse, também foi criando costumes. Mudou sua temperatura para parecer mais frio às situações adversas. Mudou algumas vezes a direção para parecer mais pertencente ao mundo. Mudou sua intensidade para se fazer de mais forte ao amadurecer. Mas, o que ninguém nunca conta, nem mesmo o vento, são as mudanças que teve que fazer por motivos alheios à sua vontade.

Um belo dia, esse vento forte, feliz e vigoroso, percebe que sua mãe, D. Nuvem se desfez com o tempo e não existe mais. O vento, que hoje já se achava forte, percebe que não passava de um suspiro, triste e fragilizado. Nada mais importava à ele. Nada mais fazia sentido. Então procurou cada dia chamar atenção de todos os grupos, todas as correntes que por ali passavam. Se fez de gélido para se enturmar à Massa Polar; se fez de fresco para se divertir com o balanço das ondas; se fez de revolucionário para destruir como um tufão e se fez de mecânico para tentar conversar com um ventilador.

A única coisa que ele não percebeu é que ele não se fez vento, apenas procurou ser algo formado. E ao se deparar com Sr. Último Suspiro, indagou se aquele era um vento fraco e morto. A resposta foi surpreendente. “Não. Sou fraco, não sou mau, não sou morto e nem sou o fim. Sou feliz na escolha que fiz e o que você como fim, significa eterno. Pois, o eterno nada mais é do que um vento de muitas experiências sopradas.

Finalmente o vento se descobriu. Quando achou que poderia ser o mais forte tornado, acreditou que a dor o fazia o frio temido da morte. E hoje, ao amadurecer, resolveu ser o vento da inspiração que deixa o corpo vivo e que sai como desejo em todos os pedidos de vela de aniversário.

Mesmo que o vento mude nossas direções, mesmo que pareça dor ou desamparo, ele só quer mostrar que existem direções e várias delas. Não importa a intensidade e sim, a intenção.

Tempo de pegar novos caminhos. De mudar, se mudar. Até mesmo procurar novos lares. Tempo de buscar crescimento e estabilidade.

O que esse período se mostra como desmerecimento e desordem significam livramento e arrumação.

Tempo de pegar um pé de vento e ver onde vai dar.

“olha só quem vem lá, é o Saci Pererê!”

Boa Semana!

Marcelo Barroca

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Marcelo Barroca

Marcelo Barroca Assertividade. Intuição. Humanidade. Assim se caracteriza seu trabalho como Oraculista. Tradução de símbolos arquetípicos com a marca de quem ama e respeita o que faz.

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