Semana de fogo como elemento dominante. Primeiro elemento criado pela Natureza manifestado na Terra. Era observado pelo homem primitivo como milagre ou maldição dos deuses ao vê-lo surgir dos vulcões ou mesmo das árvores quando sobre elas caía um raio. Desta observação tiveram contacto com o “milagre” do calor e da luz.
Ainda pela capacidade de observar, descobriram que poderiam, não controlá-lo, mas transportá-lo de um local ao outro através de madeiras secas. Suas cavernas passaram a ser iluminadas, o alimento poderia ser assado, tudo isso descoberto de forma instintiva.
Entretanto, a produção do fogo pelo homos erectus apenas se deu no Período Neolítico, por volta de 7.000 A.C. Desde então sabemos ser imprescindível para a sobrevivência humana.
E aqui chegamos para falar daquele outro Fogo, aquele que encontramos em nossa Roda da Vida, representado em Roda Zodiacal, presente em Áries com seu fogo detentor da paixão do espírito pela vida na matéria; em Leão, que carrega o fogo do coração, do prazer e nos presenteia com a auto-estima nos dando força para criar; e ainda o de Sagitário que carrega em si o fogo do entusiasmo pelo saber, pela justiça e a busca pelo Infinito.
Fogo é luz, que rege a direção Sul, o masculino, o Planeta Marte, bem como a guerra e a destruição. Mas não apenas isto como acabamos de ver.
Elemento sagrado em muitas religiões, das pagãs às cristãs, o fogo, domina e fascina.
Porém, hoje falaremos desse fogo manifestado no plano humano, aquele que é responsável pela vontade e pela ação. Sim, acertou quem pensou naquele fogo mai sedutor, que traz formas mais curvilíneas às imaginações. O fogo que atrai, que ilumina de forma mágica e que transforma as coisas e o próprio ser humano.
Esse tipo de fogo nasceu de um pai fogoso e dominador, que por sua ação provocava o respeito por medo, e de uma mãe igualmente fogosa que, acreditava-se, atraía todos para suas chamas somente pelo prazer em queimar.
E foi desse amor de labaredas, que nasceu o fogo das tendências, desse período. Um fogo que se comporta na maioria das vezes como “foguinho” para não apagar o brilho de seu Pai Fogoso.
Outras tantas precisa se comportar de forma agressiva para se impor contra o julgamento das labaredas emanadas de sua mãe igualmente fogosa, mas tratada pejorativamente como “foguenta.”
E como pode nascer um fogo dócil e hostil ao mesmo tempo? Mas não somos todos assim, polaridades? O ar que sopra a brisa traz o furacão. A água que refresca, destrói em maremotos e a terra que traz a vida é a mesma que guarda a morte. Então, poderia ser nosso amigo fogo diferente?
O ser humano apenas precisa aprender que o controle de suas chamas acontece conforme ele conhece o poder delas. E assim, usá-los na forma que preferir, acalentando ou destruindo e assumindo suas escolhas e sabendo que sempre há conseqüências. O fogo que cria é o mesmo que destrói.
Nosso amigo identificado com o fogo, essa semana resolveu se conhecer, acabar com seus sofrimentos por ter queimado muitas pessoas, sem ao menos saber o motivo. E com essa decisão de se conhecer melhor, acabou por destruir sua falsa paz.
Ele vivia, consciente ou inconscientemente em seu mundo de conforto. Quando resolveu conhecer para enfim iluminar sua área de escuridão, que, inclusive, até mesmo o fogo possui, deu luz ao próprio crescimento. Descobriu que crescer dói. Suas chamas agora maiores e muito mais encantadoras exigiam maior esforço e, portanto, maior combustão. Ele mesmo por muitas vezes, ardeu em seu próprio fogo de crescimento.
Mas não há outra hipótese – para descobrir sua função de fogo, ele sabe o que é se queimar, pondo fim aos seus problemas e aos seus tormentos.
Agora sim, pode mostrar com amor e imponência, o quanto ele honra suas fogueiras ancestrais, consciente de que cada fogo é uma existência e de que cada um carrega a cor e a temperatura que escolhe ter, a fim de libertar-se de preconceitos existentes para ser quem é.
Neste momento nosso fogo nos ilumina em azul. Escolheu esta cor para simbolizar melhor sua função como fogo, por trazer nela a imponência do fogo de seu pai de forma respeitosa e não mais imposta pelo medo. E traz a sedução do calor emanado pelo fogo de sua mãe fogosa e já não mais tratada como “sedutora foguenta”. Todos estão conscientes de que tal fogo existe somente para aqueles que realmente se queimarão para se unir a ele – o fogo criativo e criador.
O fogo que inicia, se transforma e se torna o fogo que acaba, e há o recomeço. O Fogo primordial, o fogo sagrado. Aquele que une o material ao imaterial – o fogo alquímico. Inevitável lembrar Roger Bacon: “A Natureza contém a Natureza; a Natureza se alegra com a Natureza; a Natureza domina a Natureza e transforma-se nas demais naturezas”.
E é nessa beleza mágica, alquímica e calorosa que terminamos nosso período.
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Nota: Ao usar este óleo, cuide para que seja em quantidades mínimas, e de preferência não o use na pele.
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