Em todos nós habitam os famosos porquinhos.
Sim! O mais preguiçoso que é capaz de construir sua personalidade em fragilidades e futilidades de uma palha, onde qualquer lobo mau em apenas com uma brisa consegue derrubar. Esse porquinho que nos habita é aquele quando concordamos rapidamente com os ideais dos outros, compramos estórias que não são nossas, mas que por preguiça de alçarmos voos, nos parecem apetitosas.
Até que o lobo mau, chamado destino, nos derruba e nos faz reconstruir, mas insistimos apenas em fugir.
Nos encontramos então na pele do segundo porquinho que é mais perspicaz, que sabe os erros do primeiro, mas que ainda cai em ciladas como não usar as necessárias ferramentas, ou até mesmo ser mesquinho com algo que nos seria tão importante. Então, criamos a fortaleza em madeira, que ao olhar dos outros é bonita e protetiva, mas que passamos a fazer de qualquer jeito porque julgamos não ter tempo, ou priorizamos mais nossos lazeres. Aí chega o lobo mau em forma de fatalidade e nos derruba, nos obrigando a recomeçar mesmo depois da idade.
Por fim, descobrimos o porquinho mais sensato que nos habita. Aquele que soube planejar, pesquisar e construir tijolo por tijolo as bases de sua fortaleza chamada futuro. Os planos passam a ser mais sólidos e não trocamos por qualquer material ou por uma novidade passageira. Sabemos que para haver o palpável, precisa existir conforto emocional. Para haver estrutura, precisa da correção dos erros. E para realmente existir segurança a fortaleza vem da união e dedicação.
Nenhum castelo foi construído em uma semana e muito menos por uma única pessoa.
E chegamos a esse momento, em que reunimos todos os nossos porquinhos para darmos os passos reais e seguros de uma vida em que temos controle em rédeas e sonhos realizados.
O lobo mau, também existe em nós e tenta emocionalmente soprar e nos derrubar muitas vezes na vida.
Príncipes encantados, castelos, fadas madrinhas, lobos maus, magia e toda a fantasia podem existir se reconhecermos primeiro os porquinhos. A vida é feita de construção, sim! E de muitas derrubadas. Mas mais que isso, Ela vem nos mostrar que é preciso reunir todos nossos “eus” para que nos tornemos únicos.
Esse período, não é mais momento de encarar os sopros da vida e nem os lobos do mal. É momento de não repetir as construções frágeis e passageiras que sempre deixamos nos prender em fantasia.
Você deve se proteger em seu castelo, em sua casa ou até mesmo atrás de um único tijolo, contanto que seja algo real.
Luta e construção sabendo o tamanho de nosso contingente e os passos que conseguimos dar. Não adianta enfrentar sozinho um exército e tampouco um arsenal contra um estilingue.
O tempo é agora e a mensagem é de encarar fatos, corrigir erros e executar com planejamento. Quem planeja atinge as metas.
Então, pode soprar, pode soprar que não vou deixar derrubar. Abro a janela e o vento passa e refresca.
Boa semana!
Óleo Essencial – musgo de carvalho
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