Tendências entre 30 de julho e 05 de agosto de 2017: Liberdade! Liberdade! Desejada e assustadora.

Quem não bebe lágrimas, cheira a sangue?

Estamos sempre à espera de um milagre que possa vir, explicar tudo que questionamos e mais ainda, que solucione o que nem nós sabemos precisar.

Ao mesmo tempo, buscamos uma liberdade de expressão e de movimento. O ir e vir sem barreiras ou limites, mesmo que para isso, precisemos caminhar as vielas escuras ou ao sol a pino.

A verdade é que quanto mais liberdade de movimento, mais inseguro ficamos. Como um escravo que ganha sua alforria, mas prefere viver na senzala abandonada nas correntes soltas, a viver nos campos desconhecidos.

Justamente nesse período que nos encontramos. Quando a pedra cai na água e pode encantar pelas ondas, mas atemorizar pelo tsunami criativo.

Momento de se libertar das correntes imaginárias que insistem em nos limitar a padrões de medos e traumas. Momento de viver, aprendendo a cada dia seus movimentos e passos, sentindo o vento que diz a direção e as decisões nas encruzilhadas.

Ao descobrir que o desconhecido é a vida, não a morte, podemos nos deparar com sentimentos de vazio, ou até mesmo de angustia. Esse vazio é o símbolo do medo. Medo de conseguirmos o que sempre almejávamos.

Essa liberdade temerosa, também traz desejo do proibido, o culto ao corpo e teste aos limites de nosso poder de sedução.

Na saúde, pode resultar em exageros. Desde exagero em cuidado com a beleza, como excesso de medicamentos sem necessidade, ou um superinvestimento nas academias antes nem visitadas.

Volto ao escravo, que agora alforriado, goza de liberdade, exibe seu dorso, provoca suspiro nas filhas donzelas, mas continua sendo algo proibido de forma imposta. Ele, por sua vez, sabe o que provoca, é livre para provocar, mas ainda se comporta como escravo sem direitos.

Tolos somos nós, que vivemos escravos de nós mesmos, acorrentados em padrões impostos pela sociedade, chicoteados emocionalmente e medrosos com a ideia de estarmos livres.

Escravizados em cobranças familiares, em relacionamentos falidos, em empregos medíocres.

Escravizados pelo medo de sermos felizes.

Quando a lua volta a brilhar é nos efeitos de sombra que está a contemplação.

Caminhem por serem livres antes que necessitem fazer escolhas forçadas.

Não é preciso sangrar a escravidão para gozar a liberdade.

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Marcelo Barroca

Marcelo Barroca Assertividade. Intuição. Humanidade. Assim se caracteriza seu trabalho como Oraculista. Tradução de símbolos arquetípicos com a marca de quem ama e respeita o que faz.

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