
Vou contar uma estória real pra vocês e a partir daí, algo pode mudar para melhor no seu cotidiano, e falo sério.
Era uma vez uma menina muito lindinha, que todos a achavam…, bem… muito lindinha. E normalmente na cabeça das crianças, essas afirmativas não passam daí. Ser bonita ou feia só faz diferença para quem se acha feia, ou ouve isto de alguém de sentimentos sombrios, e alma mofada. É… existe isso sim, lamento informar.
O pior, e mais frequente, no entanto, é rotularem uma criança de linda, e não se importarem com as outras à sua volta. Isto fez Clara, este era o nome da menina, sofrer – na verdade, detestava que a chamassem de linda, sabia que as colegas sofriam com isso. Clara sentia tanta coisa…, e seu pensamento era tão veloz, que não cabia dentro daquela casa. Tinha dias que percebia que seus pensamentos queriam fugir da cidade, porque ali não mais cabiam também.
Ela tinha muita vontade de contar para sua mãe o que se passava em sua mente e coração, mas tinha medo de que a mãe não entendesse, e além disso, a mãe estava sempre muito ocupada com seus próprios problemas, e ela não queria incomodar. Assim, passou a se preocupar com a mãe, querer cuidar da mãe, e os pensamentos que não cabiam na cidade, começaram a crescer. Eles queriam ir para o mundo e ela tinha medo de que eles amassem tanto viajar pelo mundo e não mais quisessem saber dela.
Ela tinha uma irmã muito amada, mas não podia revelar seus segredos, pois estes não eram apenas segredos, eram medos. Ela tinha ouvido sua avó falar que medo era algo muito perigoso e que “pegava pior que resfriado”, portanto quando tivesse medo, ela deveria falar com ela, que uma reza forte, um abraço apertado e um banho de ervas seriam providenciados imediatamente. Isto costumava adiantar. Mas se demorasse, ainda tinha o recurso do chá de rosa branca do próprio jardim e do doce de laranja da terra com cravo – sobre ambos, ela dizia: “isto é um santo remédio“. Clara descobriu que sua avó tinha razão. Não podia contar nada, pois tinha a Dona Elvira da barraquinha de côco que sumia de vez em quando e diziam que ela sofria de “pensamento atrapalhado”. A menina então, como sabia das intenções dos próprios pensamentos, de sair pelo mundo, teve uma brilhante ideia depois de um abraço e uma xícara de chá da vovó.

A menina lindinha tornou-se uma bela adolescente, que à essa altura, tinha seus segredos e pensamentos muito bem guardados em códigos nos seus cadernos, que agora, já podiam ser passados para um computador.
Agora ela sabia que de alguma forma, com os pensamentos protegidos pelo amor que tinha a eles – ela mesma podia sair da cidade levando-os com ela – na cabeça, no caderno, no computador e no coração.
É… o coração dela pensa, e ainda pensa melhor do que a cabeça.
Ela descobriu isso quando sentia que precisava falar algo para a sua mãe não sofrer – o pensamento era ordenado, pois ela adorava ler livros, e isto ajuda muito as pessoas a pensarem melhor. Mas na hora que sentava para explicar para a mãe que tudo iria ficar bem, ela nem pensava – as palavras saíam de sua boca, fluíam como as águas dos rios de sua cidade – sem controle, frescas, cristalinas contornando os obstáculos, que no caso era a falta de fé da mãe, e capazes de limpar qualquer tristeza.
Descobriu que essa fluidez se chamava intuição. O tempo foi passando e ela precisava fazer algo. Foi estudar como fazer as palavras do pensamento e do coração andarem juntas. Tentava de todo jeito descobrir esse segredo.
Foi tomando um chá daqueles feitos por sua Vovó que lhe brilharam os olhos, como só acontecia quando o coração e a mente se encontravam. Teve uma grande intuição – iria estudar como juntar as palavras das duas fontes. Assim, falou com sua avó que apenas sorriu e disse, pegando um envelope dentro de uma gaveta de um móvel antigo da sala.
– “segure aqui, minha neta, aqui tem tudo o que você vai precisar.” Se abraçaram, e ela retirou-se para seu quarto escondendo o envelope que acabara de receber.
Ali, abriu e viu objetos de ordem prática, que viabilizariam seus estudos na cidade grande, juntamente com um caderno de orações – uma para cada necessidade. Além disso, folhas soltas com as receitas de seus doces preferidos. Ah… e tinha ainda várias sementes com instruções como plantá-las adequadamente para florescerem.
Essa noite ela não dormiu – ria sozinha de alegria e chorava sozinha de tristeza de ter que partir e deixar pedaços de seu coração do lado de fora do corpo. Era isso que pensava, quando sua irmã, uma mulher linda, livre e prática entrou no quarto e quis saber o que estava acontecendo, o nome da irmã era Papaty – mais tarde descobriram que o nome era homenagem a uma erva chamada Patchouli, que bem combina com a menina.
Clara ficou transparente de medo de ser descoberta e a irmã a achasse do “tipo Dona Elvira”.
Ela não queria contar para sua amada irmã, pois não sabia se teria coragem de ser feliz.
Para quê preocupar a família com algo que ainda não tinha certeza? Sempre soube que para ser feliz precisa-se de muita coragem e determinação.

Estava ela já na melhor universidade naquela cidade, com bons amigos, aprendendo coisas interessantes, mas ainda faltava algo.
Foi para casa com aquela sensação de que os pensamentos estavam de novo querendo ganhar mundo. Começou a sentir medo, angústia e correu para a rodoviária e rumou para o interior para a casa dos avós. Lá chegando, deitou-se no colo da avó e adormeceu. Enquanto isso, recebia carinho nos cabelos louros e bênçãos na cabeça, através das mãos de sua avó.
Quando acordou ouviu-a perguntar. -“qual a palavra mais importante da sua Vida? Você sabe qual das palavras você mais usa?”
Ela disse que iria pesquisar, disse isso com vergonha de revelar a palavra sagrada, ela sabia muito bem, mas achava que não combinava muito naqueles tempos de descompromisso com o coração. Pensou isso e lembrou: “ora, estou falando com a detentora do significado dessa palavra.” E falou baixinho: “Vó, a palavra é Amor.” A nem tão velhinha assim avó, falou: “então eu te abençôo com o Amor”. Volte e acredite no seu caderno de segredos. Ele lhe dirá o resto. Batize o caderno e risque a palavra medo dele, não deixe constar nem uma vez!”
Assim ela fez, e ao ler todas as estórias escritas desde criança, o Amor era o personagem principal.
Resolveu estudar mais a si mesma, pois sabia que somente quando conhecemos a nós mesmos podemos ser coerentes – e era isso que perseguia na Vida – coerência entre o coração e o pensamento.
Assim, preparou um chá daqueles que a avó somente usava em ocasiões sérias, desligou o telefone e começou uma pesquisa pessoal, fazendo-se algumas perguntas, sempre por escrito.
– “sonho ou realidade?” “Sonho. Sonhos coloridos, mas ao acordar meus pés estarão plantados no chão – da realidade não há como fugir”, e por algum motivo, lembrou de Dona Elvira, com compaixão;
– euforia ou calma? Respondeu com pureza de alma – “as duas, preciso das duas, e lido bem com elas, só que às
vezes me perco na dose, é algo de que não se tem controle.” (Nesse momento ouviu uma voz em sua cabeça: “calma aí, que não é bem assim!”)

A voz disse assim: “pode acontecer de em momentos você sentir angústia, tristeza, e até um pouco de confusão, sem saber pelo que decidir. Assim, pare e pense de onde isto vem.”
“Certamente vem de alguém por perto, do ambiente, ou até de longe, pode ser de alguém que você ame, mas somente o que é possível fazer é uma oração e pedir que esta alcance quem precisa da luz que emana do seu coração através da prece. E assuma seu propósito – você o conhece desde criança.”
“Responda agora em voz alta aquilo que você tem medo de falar. Esta é sua função .”
Clara pensou antes de responder, mesmo sabendo que estava sozinha, respondendo à voz que morava em sua própria cabeça: “a Palavra é Amor, mas sinto um pouco de melancolia, pois ela não é muito valorizada por essas terras, e nesses tempos “.
A voz disse: “o que você veio fazer por aqui?” Responda sem pensar, pois a mim você não engana querendo ser muito racional e equilibrada”
Clara fez uma careta zangada e respondeu na lata. “Vim falar de amor e dane-se se não valorizam. Eu valorizo e sei o que vim fazer”. Inclusive, já sei juntar meus instintos, intuição e pensamento. E foi você que me ensinou.
A voz sorriu toda metida. “Eu?” E Clara respondeu: “Sim, pois você sou eu mesma mais madura e que me acompanha desde criança.”
-“Então diga o que veio fazer, ora!”, disse a Voz. Clara não se sentiu desafiada, ao contrário, sentiu alívio.
“Eu sou o Amor e vim falar dele, pois ele cura. Ao afirmar que eu sou o Amor, não me sinto superior a ninguém, pois todos os filhos de Deus o são, pois Dele advêm. A diferença é que eu sei, porque quando criança não permiti que meus pensamentos de mim fugissem. Ouvi minha sábia e amada avozinha. Escrevi todos eles e guardei-os comigo. Eles queriam sair pelo mundo. Hoje podem fazê-lo. Eles visitam partes do meu coração que moram em outro Continente. Sabe por quê? Porque a cura mais efetiva do ser humano é o Amor, pois dele somos feitos. É a matéria prima com a qual Deus nos criou.”
A voz argumentou: “verdade, e você pode fazer isso com humor, franqueza, e com seus ouvidos privilegiados, que sabem ouvir, processar no coração, e pensar com clareza. Aprendeu sozinha a juntar as três bênçãos humanas – o pensamento, o sentimento e os instintos, traduzi-los para o seu bem e o da Humanidade. Essas bênçãos também têm outras apresentações – racionalidade- intuição e instinto de sobrevivência.
Sua criatividade, é um empréstimo, saiba você. É para seu uso pessoal e para espalhar para as pessoas, como palavras, escritas, faladas, cantadas ou em oração.
Você é perfeita para isto pois o Amor acolhe, abraça e não tem preconceito contra o semelhante. Ainda que não
concorde, que ache que aquele indivíduo está fazendo um caminho equivocado, você não o sentencia, tem compaixão, mas sabe se proteger, se sentir que há perigo naquele temperamento.

Você sabe ser doce e seca se precisar ou sentir; sabe fazer rir, e saberia, se o quisesse, fazer chorar, mas nasceu para deixar chorarem apenas se for de emoção.
A força da Terra, das Águas, do Ar e do Fogo estão em ti e deves usá-las todas para o seu Bem e o da Humanidade. Equilíbrio é um dom cultivado a cada dia.
“Paro de falar e você pode voltar a viver seu Amor, que não é apenas para ser escrito, mas também vivido.
“Sálvia Esclareia deveria ser seu nome, mas foi escolhido Clara, que é lindo também. Afinal, esclaréia quer dizer clareza.
Combina, não?”
A partir da estória de Clara, é possível ver que apesar de questionar, ela confiou no que sentia e seguiu seu caminho. Sabe onde andam aqueles pensamentos que queriam fugir pelo mundo afora? Estão no mundo escritos em forma de livros, de textos e orações, sempre falando do Amor que pode curar fragilidades. Isso é intuição combinada com fé na Vida. E com a sua o que você faz? Acredita nela? Por favor, acredite: ela é sua proteção!
***
Óleo Essencial de Sálvia Esclaréia é excelente para equilíbrio hormonal feminino, tem efeito antidepressivo, atua contra casos de indecisão, mudanças repentinas e humor. Alivia a ansiedade. Ajuda a trazer lucidez de quem se é realmente e de seu propósito de vida. Traz sensação de vitalidade para o físico e autoconfiança para o espírito. Ajuda a ter sonhos mais claros. Não usar quando fizer uso de bebidas alcóolicas, pois pode causar pesadelos.
Para proporções, e em caso de dúvidas, procure um Aromaterapeuta. O revendedor de óleos essenciais nem sempre é a pessoa mais indicada para consultar ou tirar dúvidas.
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.