Por favor, volte pra mim! Jurema-branca


Refletindo e estudando a jurema-branca.

Nunca imaginei ter que chamar por você mentalmente;

Nunca pensei que teria que escrever, publicar nas redes sociais, apelar tão desesperadamente…

Eu já sei porque você me abandonou. Não falei as palavras mágicas na hora múltipla;

Não gritei todos os nomes libertadores, vulgarmente chamados de palavrões e xingamentos; Hoje já não é necessário.

Essa é uma terapia milenar que aprendi nas minhas viagens pelo mundo interno. Após o detox verbal, tomei um chá de jasmim com um único cravo da Índia.

Pensei, ponderei e não fiz nada que não  fosse equilibrado e razoável. Foi consciente.

Caí em mim. Peraí! Cair em si não é uma expressão adequada. Cair? Não.  levantei-me em mim,  elevei-me em mim e dei a mão a mim mesma.

Clareza mental. Consciência plena de que a Verdade é única,  inegociável,  inadiável. Hoje sou expert em detectar quando a mentira vem rastejando em minha direção.  Sou praticamente um polígrafo! (Ahha)

Adiar muitas vezes esperando o momento certo, a palavra perfeita e o tom adequado? Ora, que coisa sem sentido! Quase uma comédia!

Mentiras não andam sozinhas

Prometa publicamente,  diga as Verdades na hora que quiser, ah..  e se precisar,  adequar essa verdade com palavras mais suaves, que sejam  a seu favor, dando um tom mais poético, acho que vale. Só não minta! Você é melhor do que isso!

Mentira é um monstro assustador que engole criancinhas e até pessoas maduras, de idade avançada. Mentira é uma prisão da alma.

Também,  o que querem? Quando a mentira nasce,  com ela nascem juntos a culpa e o medo. A culpa é o sangue que corre nas veias dessa terrível senhora. O medo é a venda de seus olhos, que não permite ver quem você é  realmente.

Assim sendo,  a mentira é você!

E o pior,  esse sangue contamina, e quanto mais a Senhora Mentira passeia, vai deixando rastro.

Deixa o caminho marcado com sua gosma, igual àquela dos caracóis. Sabe por quê ela faz isso?

Para saber exatamente o caminho por onde voltar, caso a Verdade não lhe arranque a máscara de pacífica e ataque pelo pescoço antes.

Quando o mentiroso se olha, não vê  a mentira, vê seus sintomas – a culpa, a dúvida, o medo, e o sentimento de estar perdido. “Não tem caminho de volta,  ela grita em seus ouvidos!”

Só há a linha reta em direção da Verdade. Certo, errado, bonito, feio, não importa.  Quem ouviu ou viveu sob o teto da mentira, de alguma forma, participou, nem que fosse tentando ser feliz a qualquer custo.

Não é de conivência ou culpa de que estou falando.

Sabemos que ela é persecutória, instila seu veneno e o sintoma é a culpa.

Não mais adianta. Ou se faz um detox, dizendo a verdade e tentando ver qual camada em você  mentiu, qual arquétipo você estava vivendo, (ou ainda vive?) ou mais tarde algo ou alguém lhe mostrará um espelho, e tudo o que você verá será o monstro com medo de ser descoberto.

Ainda é, sempre é, tempo de  escolher uma nova roupagem, desejar a poesia que há em não ter medo de ser quem é. Tem algo a esconder? Tenha sempre algo a preservar, proteger- O indivíduo que você é – . Este é sagrado.

Os personagens acabaram se confundindo.  Passou o momento  em que você  mentiu e acreditou, trazendo outros para sua realidade distorcida.

E quem mente, já não  só acredita, como tem certeza. Tantas vezes foi assim que virou vício!

E quem acreditou? De alguma forma participou, nem que tenha sido pela confiança.

Muitas vezes a escolha pela confiança é apenas medo, preguiça,  conveniência em enfrentar o que não se quer ver.

Confiança de verdade requer observação,  percepção  e união.  Se confiar significa “fiar junto”, como fazer isso, se não se está presente por inteiro? Quando fiamos juntos, criamos algo real, concreto.

Quando amanhecer e o sol se levantar,  você o cumprimentará, abrirá os braços e enfim aceitará e poderá declarar a si mesmo diante da luz que vem do Alto:

“Estava sendo feliz, por isso não te vi mentindo.  Estava cuidando do que achava importante,  o que é verdade,  envolve o detentor da mentira e seu ouvinte, co-participante.

Quer saber? Quem mente traz em si a culpa, e a autoestima cede seu lugar para o ego defensivo.

Ora,  onde está a poesia nisso? Na decisão de abraçar a própria verdade. Se quem mentiu se curou, e quem acreditou,  assumiu que a Verdade é simples e uma só  – é o que você sente e intui.

Que cada um se encontre em Alegria de encarar a verdade. É com ela que percebemos o Amor.

Gente triste recebe solidariedade e compaixão,  quando acontece. Gente feliz distribui cura em forma de sorrisos, atitudes, palavras e confiança. Quem é você? Você ainda pode escolher!

Volte pra mim, não  só  eu preciso de você.!

Estou pronta para receber seu auxílio em graça,  beleza e alegria!

Preciso que você volte pra mim para eu poder apontar meus lindos dedos e dizer o que eu quero, o que eu não quero, deixar sair o fluxo que fez você partir.

Volte! Minha voz, você é preciosa, meu patrimônio emocional,  espiritual e até  físico!

Nove dias depois, minha voz, você voltou, minha Voz! Eu sou grata a você pelas substâncias que você tira de mim e espalha, ajudando quem precisa, facilitando minha vida. Você  se renova a cada segundo. Você é minha proteção viva!

Posso escrever,  posso pensar, tudo isso tem muita força. Mas eu te amo e quero você aqui comigo falando bobagens,  só pra celebrar.

Já  comprei um vinho e estou com minha amiga jurema. E, mentiras, meias verdades (que palhaçada)!

Não existe Verdade pela metade, o nome disso é omissão.

Você vai resistir? Bora falar,  cantar, e se der mole, vamos pro karaokê cantar em um idioma que não fazemos ideia.

Voltemos ao estado adolescente do adulto consciente, que não é bobo e quando acorda a cada dia, pode escolher pensar:

“Que m* vou aprontar hoje? Ou, em sua versão atual, mais adulta, portanto, “O que vamos fazer pra ser feliz hoje?” Só por hoje. Amanhã só se materializará quando chegar.

Amanhã terei amadurecido no mínimo,  mais um dia, dependendo dos acontecimentos.

Entre as duas opções,  a resposta é apenas uma: Viver a realidade interna, interagir com o Dia e as pessoas com a certeza de que sou fiel ao meu propósito de ser feliz, e seja como for, só se for por Amor.

Nota: Passei uns dez dias sem voz alguma quando escrevi (devido a uma gripe forte).

Estava estudando na prática com o Grupo da Biblioteca dos Aromas – (obrigada Maria Ábramo pela iniciativa da criação desse patrimônio espiritual) – o óleo essencial de Jurema Branca – em forma de Plus (a mais eficaz que conheço para assuntos da emoção e do espírito). Essa pesquisa da Biblioteca traz muitos insights – a jurema branca me fez pensar nas diversas formas que nos apresentamos. Umas são verdade, outras são desejos, ilusões ou conveniências. Auto-conhecimento já!

A voz voltou junto com o texto, e um novo trabalho! E a alegria? Presente!

Esse foi o presente que o óleo essencial de Jurema me deu.

Valéria Trigueiro

Valéria Trigueiro é perfumeterapeuta com experiência na elaboração de perfumes personalizados segundo o equilíbrio dos 4 Elementos. Seu trabalho define-se como "Aromaterapia e Espiritualidade.

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